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Repositório de Artigos

 

Aqui você encontra:

  • artigos e notícias relacionados à Gestão Vocacional;

  • dicas sobre como escolher um curso de graduação;

  • informações sobre o mercado de trabalho e

  • reflexões sobre a vida escolar de seu filho.

Como ingressar e manter-se no mercado de trabalho atual?

Algo que o mercado de trabalho exige hoje, que é bem diferente de algumas poucas gerações atrás, é a necessidade do profissional estar sempre estudando e se atualizando em sua área de atuação.  Hoje não se pode terminar um curso de graduação e nunca mais sentar-se numa carteira de sala de aula nem numa biblioteca (ainda que virtuais).

 

O mercado de trabalho deve ser encarado como uma cuntinuação da vida acadêmica do jovem.  Ou, melhor, sua vida acadêmica é que deve ser encarada como os primeiros passos no mercado de trabalho.  E funcionário que trabalha apenas para produzir o mínimo necessário não dura no emprego.  Logo é substituído por outro que demonstra mais interesse, mais empolgação com aquilo que faz e que produz mais e melhor do que ele.

 

Ainda na universidade, o jovem deve aprimorar constantemente aquilo que aprendeu nas aulas e buscar aprender o que não sabe.  Claro, ele não nunca conseguirá saber tudo sobre tudo, mas deve dominar, pelo menos, o básico de cada disciplina de seu curso e aprofundar-se naquilo que for de seu maior interesse.  De modo geral, devido à interdisciplinaridade dos conhecimentos, o estudante que sabe muito sobre um campo, tenderá a saber o que é importante sobre os demais campos de sua área, já que os conhecimentos são interligados.

 

Superando a antiga ruptura entre vida acadêmica e vida profissional, sabemos que o segredo para ingressar no mercado de trabalho é ser um bom estudante.  E o segredo para manter-se neste mercado é também ser um bom estudante; agora, um estudante pago para estudar.  As boas empresas estão à procura de profissionais inovadores, que revejam constantemente as suas práticas, que estejam atualizados em relação ao que acontece de novidade em sua área de trabalho tanto aqui no país, quanto no exterior.  As boas empresas querem alguém que venha para somar.

 

Nunca é demais reforçar a importância que a vida acadêmica tem para a formação de um profissional desejado pelo mercado.  Num bom curso de graduação, o jovem não irá aprender apenas conceitos técnicos sobre um campo de conhecimento.  Ele irá também desenvolver habilidades e competências que serão indispensáveis para a sua vida profissional.  Espírito investigativo, senso crítico, proatividade, trabalho em equipe e em rede, tudo isto deve ser desenvolvido durante o seu tempo na graduação.

 

Certamente, muitas instituições, até mesmo algumas entre as mais reconhecidas, não serão capazes de dar conta desta formação tão ampla que o mercado deseja.  Mas isto não deve ser encarado pelo estudante como uma barreira intransponível.  O mercado atual também exige que o profissional gerencie a sua própria carreira.  Ainda na graduação, o jovem deve procurar, fora de sua instituição acadêmica, se for preciso, cursos complementares à sua formação.  Por exemplo, saber ler bem em um segundo idioma é indispensável; faça um curso de línguas.  Saber expressar-se oralmente, superando a timidez também; faça um curso de oratória, se a apresentação em público for uma dificuldade para você.

Prof. Marcos Cristovão

(Coordenador da Gestão Vocacional)

Mitos que ainda assombram a escolha profissional dos jovens.
As escolas colocam coisas demais no currículo das nossas crianças e adolescentes?

Quando o assunto é currículo, precisamos ter sempre em mente um pressuposto: nada deve ser por acaso.  

 

O currículo de uma escola precisa atender a uma exigência mínima do MEC e, a partir daí, segundo o Projeto Político Pedagógico da escola (PPP), ela pode acrescentar coisas a este currículo, dando ao seu cotidiano escolar a sua cara particular, que o diferencia do das demais escolas.  É o PPP que faz uma escola católica ser diferente de uma escola pública municipal ou do Colégio Pedro II, por exemplo.

 

Por si só, o currículo exigido pelo MEC já tomaria muitos dos dias letivos de qualquer escola.  Soma-se a isto o interesse que as escolas têm de diferenciar-se umas das outras.  Afinal, se cada escola quisesse ser igual a outra, bastaria que formassem uma única grande rede, como acontece com as da rede estadual.  Isto ficou bem claro quando do surgimento dos CIEPs, onde até em sua arquitetura as unidades escolares eram iguais.

 

Agora que vimos brevemente como cada escola compõe o seu currículo, devemos lembrar o que são os lementos de um currículo escolar.  Teoricamente, a escola deveria servir para formar seus estudantes reproduzindo neles os valores fundamentais da sociedade que ela representa (a cidadania e o conhecimento científico, por exemplo) e, ao mesmo tempo, educá-los para modificar os valores presentes na sociedade mas que sejam indesejáveis (por exemplo, a corrupção e o preconceito).  Esta teoria deveria tornar-se prática permeando o cotidiano escolar, baseada no PPP da escola.

 

O currículo escolar, então, é um recorte do saber acumulado pela sociedade ao longo de toda a sua história.  É, é bastante coisa...  Reduzir o currículo, que já é uma redução de tudo que a civilização ocidental aprendeu, seria, contudo, privar as futuras gerações do conhecimento que as gerações anteriores tiveram.  É dilapidar uma herança que seria sua por direito.

 

...Matrizes, Lei de Ohm, apoptose, turfa.  Para quê aprender, na escola, tanta coisa irrelevante em nosso dia a dia, tanta coisa que não serve para nada?  A virada de jogo não está em deixar de aprender todas estas coisas que, supostamente, não servem para nada.  Se alguém não sabe o que é algum destes assuntos enumerados no começo deste parágrafo, é porque eles não fazem parte da sua realidade.  Porque, na verdade, todos nós estudamos isto na escola.

 

O mundo de uma pessoa é tão grande quanto for o seu conhecimento sobre este mundo.  A escola não coloca coisas demais no currículo de nossos filhos e filhas.  Somos nós que tornamos o mundo de nossas crianças e adolescentes menor, um mundo pequeno, onde o conhecimento é um excesso, uma sobra.  Por que não, um resto?

 

Reduzir o currículo não torna a vida dos estudantes mais eficiente.  Pelo contrário, torna o sua visão de mundo menor.  A virada de jogo está em ensinar a criança a ver o mundo com os olhos dos novos conhecimentos.  Olhar e interpretar o mundo através das lentes de todo o conhecimento que ela desenvolve na escola.

 

Algumas pessoas olham para uma pedra no muro de uma igreja e veem nela apenas uma pedra.  Outras olham para a mesma pedra e veem bactérias, moléculas, átomos, leis da física, processos químicos, a história dos escravos que carregaram aquelas pedras, o pagamento de indulgências, o processo de formação do nosso país, a passagem da monarquia até a república e a democracia que vivemos hoje...

 

Para qual realidade desejamos que as mentes das nossas crianças se abram?  Queremos que, diante de seus olhos, elas enxerguem apenas pedras?

 

Prof. Marcos Cristovão

(Coordenador da Gestão Vocacional)

Um mito é uma explicação não racional sobre algo que se acredita estar acontecendo.  Todo mito é, antes de tudo, uma história que fala sobre algo da nossa realidade.  Um mito, a explicação para algo, pode perdurar por muito tempo na cabeça das pessoas.  Não raro, por muitas e muitas gerações sucessivas.  Isto acontece porque o mito tem como características não ser questionado racionalmente, e acreditamos nele porque é uma explicação que nos foi dada por alguém em quem confiamos.

 

Existem vários tipos de mitos.  Alguns bem conhecidos, como os mitos da antiguidade Grega.  O mito de Prometeu, por exemplo, é uma história que explica como o homem passou a dominar o fogo.  Que usamos o fogo, isto é uma realidade inegável.  Quando à história de Prometeu, podemos acreditar nela ou não.  Eu não acredito.

 

Pude perceber em nossa sociedade alguns comportamentos, relacionados à escolha profissional, que encaixam-se perfeitamente na definição de mito dada na abertura deste artigo.  Por isso, penso que seja importante estarmos cientes destes comportamentos para que possamos orientar nossos jovens a tomar suas decisões importantes baseados em fatos concretos, e não baseados em mitos...  Vejam os mitos que têm assombrado a escolha profissional em nossos dias e que devemos pensar mais seriamente, de maneira mais racional sobre elas.

 

  • Mito do casamento medieval: “o emprego é para sempre”;

  • Mito do perfil profissional: “cada profissão tem um perfil específico”;

  • Mito do bom mercado de trabalho: “existem profissões com maior facilidade no mercado de trabalho”.   

 

(continuação em breve)

 

Prof. Marcos Cristovão

(Coordenador da Gestão Vocacional)

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